sábado, 9 de abril de 2011

Ídolos do Brasil: Silvio Santos


Ídolos do Brasil: Silvio Santos


















No mês passado o homenageado foi o número 1 das pistas Ayrton Senna, neste mês a homenagem será feita ao número 1 da tevê. Silvio Santos conheça os detalhes da vida profisional e pessoal de Silvio Santos, até os detalhes da crise de seus negócios no ano passado. Concerteza Silvio quando morrer tornará triste os domingos, tornará triste o dia do brasileiro e será luto nacional. Pois ele é um ídolo dos brasileiros.

Senor Abravanel (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1930), mais conhecido como Silvio Santos, é um administrador de empresas, apresentador de televisão e empresário brasileiro – dono do Grupo Silvio Santos (que inclui vários negócios como o Baú da Felicidade, Jequiti Cosméticos, Banco Panamericano) e o Sistema Brasileiro de Televisão.




















Como apresentador do duradouro Programa Silvio Santos, um dos programas mais antigos da televisão brasileira, tornou-se um dos mais consagrados e queridos ícones da televisão e do público brasileiro, sendo considerado um dos maiores empreendedores e comunicadores da história da televisão no país.

  

















Biografia

Filho de pai grego e mãe turca, Silvio Santos nasceu no boêmio bairro da Lapa, região central do Rio de Janeiro.
Aos 14 anos já era camelô, junto com o irmão Leon e um sobrinho de Adolpho Bloch. O primeiro tipo de produto que começou a comercializar foi capa para título de eleitor (o Brasil entrava numa fase de redemocratização após a ditadura do Estado Novo).
Um fiscal de posturas da prefeitura carioca, percebendo o potencial de voz de Silvio, o convidou a fazer um teste na Rádio Guanabara (atual Rádio Bandeirantes do Rio de Janeiro).



















Silvio conquistou o primeiro lugar no teste da rádio, ganhando de nomes como Chico Anysio e José Vasconcelos, mas se manteve apenas 1 mês como radialista, pois como ambulante ganhava mais.
Aos 18 anos serviu ao Exército Brasileiro como paraquedista, em Deodoro (bairro da Zona Oeste do Rio).
Sabendo que a carreira de camelô era incompatível com a de militar, Silvio decidiu ser locutor de uma rádio em Niterói.

























Percebendo que as viagens das barcas Rio-Niterói eram marcadas pela monotonia, decidiu montar um serviço de alto-falantes nas embarcações. Nos intervalos das músicas, Silvio fazia anúncios de produtos.
Nas barcas para a Ilha de Paquetá, os passageiros faziam filas nos bebedouros d'água após dançarem as músicas tocadas por Silvio. Este então teve outra ideia: fez um acordo com a cervejaria Antártica para vender cerveja e refrigerantes. Na compra, o consumidor ganhava uma cartela de bingo e concorria a prêmios como jarras e quadros.
A carreira de Silvio Santos em São Paulo começava se desenhar após um acidente com a barca aonde atuava. Com a embarcação no estaleiro, Silvio ficou sem poder exercer sua função. E o diretor da Antártica o convidou a passar um tempo na "Terra da Garoa".




Em São Paulo, Silvio começou a trabalhar em bares, apresentando espetáculos e sorteios em caravanas de artistas. Como Silvio Santos tinha um tom de pele muito claro, ficava vermelho com facilidade; por falar bastante, começou a ser apelidado "peru que fala". As caravanas do Peru falante ficaram conhecidas na capital de São Paulo, em cidades do interior e em outros estados.
O apresentador e empresário de televisão logo passou à televisão, adaptando o formato dos shows, espetáculos e sorteios que fazia no circo. Seu primeiro programa, Vamos Brincar de Forca, estreou em 1962 e era transmitido pela TV Paulista, à noite. Um grande sucesso. Em 1964, passou a comandar seu programa aos domingos, das 12 às 14h. No decorrer dos anos, o formato seria expandido e aprimorado no Programa Silvio Santos.

















Paralelamente, Silvio partiu para novos empreendimentos: adquiriu de seu amigo Manuel da Nóbrega o Baú da Felicidade, empresa que vendia baús de presentes de Natal para crianças mediante pagamento em prestações. Depois de reformas no plano de negócios, a empresa ficou conhecida pela venda de carnês e sorteios.

Foto: Silvio Santos e Manoel da Nóbrega juntos













                                                                                                                                            


Quando a TV Paulista foi incorporada à Rede Globo, Silvio seguiu pagando aluguel pelo seu horário dominical, revendendo o tempo dos anúncios a outras empresas. Na medida em que aumentava o sucesso do Programa Silvio Santos, Silvio tinha ótimos resultados financeiros. Realizava sorteios de carros, móveis e eletrodomésticos, o que motivou a expansão dos negócios do grupo (Móveis Tamakavy, concessionária de veículos Vimave).
Porém, no início dos anos 1970, Boni e Walter Clark, diretores da Rede Globo, promoveram reformas no padrão de qualidade da emissora, investindo em filmes, esporte, jornalismo e novelas. Para os executivos, o programa de Silvio Santos destoava da grade de programação.
O apresentador quase saiu da emissora em 1972, mas o próprio Roberto Marinho o convenceu a ficar, renovando contrato por mais quatro anos. Por este contrato, Silvio não poderia ser acionista ou dono de nenhuma outra emissora de televisão, o que motivou sua saída da Globo.















Dessa forma, a partir de 1976, Silvio começou a fazer programas na Rede Tupi (ao contrário do que muitos pensam, a Tupi nunca vendeu horários), assegurando a transmissão nacional de seu programa, ao mesmo tempo que lutava politicamente para obter seus próprios canais de televisão.

A criação da TVS e a formação do SBT








Foto: Logo da TVS


No dia 22 de outubro de 1975, o presidente Ernesto Geisel assinou o decreto 76.488, outorgando a Silvio Santos o canal 11 do Rio de Janeiro. Silvio passou a transmitir seus programas simultaneamente na Tupi e na TVS (TV Studios).
Depois da falência da Rede Tupi, em 1980, o Programa Silvio Santos em São Paulo foi transferido para a Rede Record. Durante a década de 1980 Silvio chegou a ser dono de 50% da emissora do empresário Paulo Machado de Carvalho. Todavia, Silvio planejava ter uma rede nacional de televisão, produzir uma programação completa e usar o canal para seus sorteios e promoções.




Em 1981, através de um lobby com a primeira-dama Dulce Figueiredo, com quem tinha longas conversas por telefone, Silvio Santos obteve a licença para operar o canal 4 de São Paulo, que se tornou a TVS da capital paulista. A partir das emissoras do Rio e de São Paulo, surgiu o embrião do SBT. A rede se expandiu rapidamente através de afiliações, mas o Programa Silvio Santos continuava sendo transmitido simultaneamente pela Record, especialmente para alcançar o interior de São Paulo. A marca SBT passou a ser usada em toda a rede no final da década de 1980.

Doença nas cordas vocais




















Em 1987, Silvio teve problemas com a voz, ficando praticamente afônico por alguns dias. Teve suspeita de câncer na garganta, não divulgada ou confirmada. Silvio chegou a interromper um de seus programas para transmitir depoimentos emocionados e lembranças da sua carreira, incluindo particularidades sobre suas relações com o pessoal do Exército (na juventude, Silvio servira como paraquedista). Silvio teve que fazer um tratamento no exterior e ficou algumas semanas sem gravar os seus programas dominicais, causando preocupação de seus fãs quanto ao seu real estado de saúde. Mais tarde, Orestes Quércia, governador de São Paulo, gravou longo depoimento congratulando Silvio Santos pelo retorno, salientando a ausência sentida por todos os telespectadores.



















Silvio não voltaria a ter problemas sérios com a voz, mas temeu por seu próprio futuro como apresentador. Em 1988, Silvio assegurou a permanência de Gugu Liberato no SBT, cobrindo uma proposta da Globo. Gugu passou a apresentar alguns quadros do Programa Silvio Santos e sua participação cresceu expressivamente nos anos 1990, com o sucesso do Domingo Legal. Outros quadros passaram a ser comandados por Celso Portiolli e por outros apresentadores.






















Candidaturas políticas


















Também em 1988 Silvio Santos propôs sua candidatura a prefeito de São Paulo. Considerando seus recentes problemas de saúde, Silvio anunciou sua intenção como forma de retribuir à sociedade todas as suas conquistas como apresentador e homem de negócios. O anúncio foi feito durante um dos quadros do Programa Silvio Santos; o episódio foi amplamente divulgado pela imprensa. A candidatura, contudo, não se concretizou.



















Em novembro de 1989, com a campanha eleitoral para a Presidência do Brasil já em andamento, tentou ser candidato a presidente pelo pequeno Partido Municipalista Brasileiro, no lugar do candidato do partido, o pastor evangélico Armando Corrêa. Também se cogitou a renúncia do candidato Aureliano Chaves, do PFL, um partido maior e mais poderoso, para que Silvio o substituísse. Silvio chegou a fazer algumas gravações para a propaganda eleitoral, pedindo votos para o número 26, do PMB, com insistência, pois não haveria tempo para mudar o nome impresso nas cédulas de votação. A alguns dias da eleição, Silvio Santos teve seu registro de candidatura impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidades no registro do PMB. Silvio filiou-se ao PFL e ensaiou participar de outras eleições, mas as brigas entre grupos políticos e os acordos e negociações inerentes à política fizeram Silvio continuar cuidando exclusivamente de seus negócios.

Os programas de auditório




O Programa Silvio Santos, ao longo dos anos, tornou-se um agrupamento de vários programas de auditório e quadros, somando quase cem atrações diferentes. Os programas sempre tiveram a participação do auditório, cujas participantes são chamadas de "colegas de trabalho". O auditório é considerado por Silvio "o mais feminino do Brasil", pois nos primeiros anos do programa a entrada de homens na plateia não era permitida. Silvio acreditava que os namorados das "colegas de trabalho" poderiam ficar com ciúmes de cantores e artistas homens admirados pelas namoradas. Com o tempo, este costume foi sendo ligeiramente relaxado, principalmente nos programas envolvendo sorteios e perguntas e respostas.

















Foto: Lombardi e logo do SBT


Além de transformar Silvio Santos em um dos grandes ícones da TV, o Programa Silvio Santos deu destaque ao locutor Lombardi, cujo rosto nunca era visto, ao produtor Roque e a outros membros da equipe, como o animador Liminha.













Foto: Silvio Santos e Roque




















Atividades paralelas: cantor, radialista e locutor


Durante muitos anos Silvio Santos gravou marchinhas carnavalescas. Fez muito sucesso com Coração corintiano, cuja letra fazia referência a cirurgia de transplante de coração, técnica utilizada no Brasil pelo pioneiro Dr. Zerbini. Outra marchinha que fez sucesso foi "A pipa do vovô não sobe mais", alardeando a impotência sexual masculina. Essas marchinhas depois foram reprisadas ao longo dos anos no SBT, durante o Carnaval.



















Foto: ACERVO LILIAN GONÇALVES


Silvio Santos foi radialista da sua mocidade até a década de 1980, abandonando paulatinamente esta carreira em função da profissão de apresentador.
Na década de 1970 atuou também como locutor: Silvio gravou várias coletâneas de disquinhos de histórias infantis. Mais tarde os discos foram relançados em CD, com bastante sucesso.

















Ações sociais

Ao longo dos anos, o Programa Silvio Santos e a programação da TVS e do SBT acumularam uma reputação de popularescos e alienantes, situação agravada pelo fato de Silvio ter conquistado suas concessões de televisão durante a ditadura militar e transmitir desde o governo Figueiredo o oficialista A Semana do Presidente. A partir de 1988, Silvio Santos revelou preocupação com os rumos do Brasil e pôs em prática várias ações para incluir conteúdo socialmente edificante na programação do SBT. A manobra surpreendeu alguns críticos e intelectuais.

















No início dos anos 1990, Silvio tentou convencer as outras emissoras a transmitir telejornais de no mínimo trinta minutos no horário noturno, todos no mesmo horário, para incentivar o brasileiro a assistir a notícias, refletir e se informar melhor, mesmo que fosse por um período curto. Tal iniciativa não encontrou apoio da maioria das emissoras e Silvio Santos logo abandonou a proposta.















Desde os anos 1990 Silvio tem estimulado o Teleton, programa de televisão de 24 horas, transmitido uma vez por ano, para arrecadar fundos para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). O SBT cede gratuitamente seus artistas, empregados e recursos materiais para o projeto. Silvio também produziu um Show do Milhão especial com políticos, no qual os prêmios seriam destinados a instituições de caridade.














Homenagem no Carnaval

















Silvio Santos foi homenageado em fevereiro de 2001 pela escola de samba carioca Tradição através do enredo "Hoje É Domingo, É Alegria. Vamos Sorrir e Cantar!", de Lourenço e Adalto Magalha. Silvio Santos desfilou como destaque num carro alegórico num traje todo prateado. A Rede Globo, maior concorrente do SBT e detentora dos direitos de transmissão do carnaval carioca, teve de transmitir todo o desfile ao vivo. Outros artistas do SBT participaram do desfile.


























Samba enredo da escola Tradição
de Lourenço e Adalto Magalha.
"Hoje É Domingo, É Alegria. Vamos Sorrir e Cantar!"


Olha que glória, que beleza de destino
Pra esse menino Deus reservou, ô ô
Ele cresceu, ele venceu, vive sorrindo
Com muito orgulho, foi camelô
Nasceu na Lapa
No Rio de Janeiro
Esse artista é o enredo da nossa Tradição
Foi do rádio, minha gente
Hoje na televisão, oi, patrão!
Faz o dia mais contente, a alegria do povão
Qual é o prêmio Lombardi, diz aí
Qual é a música quem sabe, canta aí (bis)
Quem quer dinheiro?
O aviãozinho vai subir
Minhas colegas de trabalho
Que beleza de auditório
Abre a Porta da Esperança
É Namoro na TV
Boa Noite, Cinderela
Gosto de você
Em Nome do Amor,
Eu quero morrer de prazer
Laiá, laiá, oi
Laiá, laiá, oi
É um baú de felicidade
Vamos cantar
Vamos brincar
Vamos sorrir (bis)
É domingo, é alegria
Sílvio Santos vem aí

            














Silvio estréia no Sambódromo topando tudo com muita animação
Fernando Moreira


Quando Silvio Santos surgiu na concentração - com um paletó de seda cinza e uma gravata prateada que custaram R$ 2 mil - o público que se espremia às margens do canal da avenida Presidente Vargas cantava: "o Silvio Santos vem aí, laia-lailaiá...!". Hábil, ele logo se deu conta de que domingo é dia de programa, e começou a comandar a platéia como se estivesse em mais de seus barulhentos programas de auditório. Não faltou nem o Lombardi: foi ele quem anunciou ao microfone o início da festa da Tradição, dando boas- vindas ao patrão.

O público viu um Silvio calouro na avenida e sem samba no pé, mas topando tudo com animação. Ele dançou e, com a letra do samba na ponta da língua, fez uma autobiografia em ritmo de carnaval. Na dispersão, o público prestou mais uma homenagem ao ídolo: improvisou aviõezinhos de papel e lançou-os na direção de Sílvio.



























O sequestro


























Em 21 de agosto de 2001, a filha de Silvio Santos, Patrícia Abravanel, foi sequestrada na porta da própria casa, no Jardim Morumbi, em São Paulo. Depois de alguns dias de negociação, o resgate foi pago e Patrícia foi libertada. O sequestrador Fernando Dutra Pinto acabou sendo perseguido pela polícia e matou a tiros dois policiais. Sem ter para onde ir, acabou invadindo a casa de Silvio Santos no dia 30 de agosto; o apresentador estava na sala de ginástica fazendo exercícios. O sequestrador manteve Silvio e toda sua família como reféns. Silvio convenceu o sequestrador a libertar rapidamente as outras pessoas da família e seguiu em cativeiro em sua própria casa durante sete horas. Fernando só se entregou com a chegada do governador Geraldo Alckmin, que garantiu a integridade do criminoso. Alguns meses depois de preso, no dia 2 de janeiro, Fernando morreu em consequência de uma infecção generalizada causada por um corte profundo nas costas. Há indícios de que a morte do detento tenha sido causada por maus tratos e negligência médica.
O caso mudou a rotina de Silvio Santos, que por sua própria popularidade pensava que dificilmente seria sequestrado.




















DESVENDADO O SEQÜESTRO


A Polícia de São Paulo começou a juntar as peças do quebra-cabeça e esclareceu por completo os seqüestros de Patrícia Abravanel e do pai dela, o apresentador e empresário Sílvio Santos.



COMO ACONTECEU?


Durante os sete dias em que Patrícia ficou no cativeiro, depois do primeiro contato feito, através do telefone celular pré-pago deixado pelos seqüestradores, Sílvio Santos recebeu várias cartas escritas por Patrícia pedindo ao pai que concordasse com as exigências dos seqüestradores e dizendo que estava sendo bem tratada por eles.


O QUE PEDIAM OS SEQUESTRADORES?


De início, exigiram 5 milhões de reais, como preço do resgate e o afastamento da Polícia e da Imprensa do caso. Com o passar dos dias e com o desenrolar das negociações, a Polícia acredita que foi criado um "pacto" entre Sílvio Santos e Fernando Dutra Pinto, que liderava as negociações. Neste acordo, Sílvio prometia fazer o possível para manter a Polícia e a Imprensa fora do caso, mas que não iria pagar a quantia exigida.


O ACORDO


A quantia fechada, então, foi de 500 mil reais, 10% do valor pedido inicialmente, mais a garantia de Sílvio em manter a Polícia afastada do caso depois da libertação de Patrícia.


PATRÍCIA FALOU DIREITINHO


Na entrevista coletiva de Patrícia na janela da casa dos Abravanel, ela fez tudo direitinho. Patrícia se manteve dizendo o que havia sido divulgado pela Assessoria de Imprensa do SBT na manhã do desfecho do seqüestro, ou seja, que conseguiu fugir do cativeiro e que o resgate não havia sido pago para desestimular a Polícia a continuar nas investigações.


SILVIO TAMBÉM CONFIRMOU


Ao dizer que "endossava" tudo que Patrícia havia dito, Sílvio Santos cumpria a parte dele no trato.


OS SEQÜESTRADORES QUERIAM MAIS...


Queriam que Sílvio e Patrícia pedissem o arquivamento do caso, mas isso não foi feito para não parecer que o seqüestro teria sido forjado. Patrícia disse apenas que "perdoava os seqüestradores e que havia muitas pessoas que mereciam ser presas, mas não eram", dando a entender que não fazia questão da prisão dos sequestradores.



A PRISÃO DOS ENVOLVIDOS


Depois da prisão dos primeiros dois envolvidos no sequestro, Fernando Dutra Pinto, sendo descoberto no flat que estava hospedado e conseguindo fugir após balear e matar dois policiais escalando nove andares pelo lado de fora, ainda roubou um carro e uma moto seguindo diretamente, segundo a Polícia, para o bairro do Morumbi a fim de cobrar de Sílvio Santos o que havia sido prometido e, até então, não tinha sido cumprido.



O QUE ELE FEZ?


Durante a noite da quarta-feira e madrugada da quinta passada, Fernando ligou duas vezes para a casa de Silvio Santos dizendo que "não seria preso" e ele teria que ajudá-lo a fugir. A primeira recomendação do sequestrador foi para Sílvio não chamar a Polícia nem alertar a Imprensa. Na manhã da quinta-feira, Fernando invadiu a casa de Sílvio para cobrar a promessa.


COMO ACONTECEU?


Silvio estava na esteira da sala de ginástica, nos fundos da casa, quando um sujeito armado apareceu no jardim. Há uma porta de vidro que permitia essa visão. Por meio dela seriam feitos os primeiros contatos com a Polícia. "Só me faltava agora ser assaltado", foi o primeiro pensamento do apresentador, segundo relato que fez a familiares, assessores e amigos mais próximos. Silvio desceu da esteira. O sujeito desconhecido deu um pontapé na porta de vidro, que se quebrou. "Sou o seqüestrador da sua filha", disse Fernando. Silvio ainda brincou: "Se você queria conhecer o Silvio Santos, estou aqui." Pouco depois, perto das 7h30, três carros da Polícia chegaram a casa.


SILVIO PROTEGEU A VIDA DO SEQUESTRADOR


Pelo menos duas atitudes tomadas pelo empresário e apresentador Silvio Santos, durante as sete horas em que foi refém em sua casa, tinham por objetivo proteger a vida do seqüestrador Fernando Dutra Pinto. A primeira dessas atitudes foi abraçar Fernando, nas primeiras horas da manhã, ao ver, pela janela da cozinha, um policial armado no muro que marca a divisão entre o seu terreno e a casa vizinha. Silvio, relatam os assessores, achou que Fernando estava na linha de tiro e temeu que o policial disparasse. Chegou a fazer indicações negativas com as mãos, já abraçado ao seqüestrador.

MAIS...


O segundo momento em que Silvio Santos teria agido para preservar a vida de Fernando e, nesse, também sua própria vida, foi quando insistiu em pedir a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. "Coronel, por favor, chame o governador. A gente não vai sair nunca daqui", repetia Silvio Santos ao comandante-geral da PM paulista, coronel Rui César Melo. "Não tem acerto, não tem acerto", emendava Fernando, em tom mais baixo. "Ele está com a arma na minha cabeça. Não vai fazer nada, que eu vou morrer", disse Sílvio. A relação que Fernando e Sílvio Santos estabeleceram durante as sete horas da ação foi cordial, segundo os assessores do apresentador e a própria Polícia. "Ele, Silvio, não parou de falar. Contou toda a vida dele para o Fernando. Contou de quando era camelô e de como são gravados os programas do SBT", disse o coronel Melo, que ficou a um metro da porta da cozinha durante a ação.


Grupo Silvio Santos



















O Grupo Silvio Santos é formado por 37 empresas, que completou em 2008, 50 anos de atuação com cerca de onze mil funcionários, incluindo entre as mais conhecidas, o Baú da Felicidade, o banco Panamericano, a rede de lojas do Baú, a Liderança Capitalização (que opera a Tele-Sena), o Hotel Jequitimar, a Jequiti cosméticos e empreendimentos agropecuários e imobiliários como a Sisan. O Banco Panamericano recebeu propostas de compra em 2004 e 2005 por grupos financeiros do Brasil e do exterior, mas Silvio Santos não abriu mão do negócio.
Apesar de tido como um "comprador nato", Silvio se desfez de algumas empresas nos anos 1980: o CLAM (Clube de Assistência Médica), o plano de aposentadoria privada Aposentec e as lojas de móveis Tamakavy. Sobre o CLAM, Silvio reiterou ser muito difícil administrar uma empresa de saúde e que se sentiria indiretamente responsável por falhas que provocassem morte ou graves danos.

A Polêmica Entrevista à Contigo!

























Em julho de 2003, enquanto estava em férias na cidade de Orlando, Flórida, Silvio Santos concedeu uma entrevista à revista Contigo! Revelando que tinha uma doença terminal e que restavam-lhe apenas seis anos de vida. Por isso, Silvio havia vendido o SBT para um consórcio formado por Boni e pela rede mexicana Televisa.
Alguns dias mais tarde, Silvio desmentiu suas declarações nos programas Boa Noite, Brasil, apresentado por Gilberto Barros na Rede Bandeirantes, e no Domingo Legal. Disse que respondeu à entrevista em tom de brincadeira diante da insistência do repórter, e que acreditava que a revista notaria sua intenção. No entanto, Contigo! Decidiu publicar a matéria transcrevendo as declarações de Silvio Santos, ao mesmo tempo que punha em dúvida as declarações do entrevistado. Silvio dizia, por exemplo, que estava se locomovendo em cadeira de rodas. A revista mostrou fotos do período que mostram o empresário andando normalmente.

Família e sucessão






















Foto: Silvio Santos, Beatriz, Sara, Henrique, Perla, Leo e os pais Rebeca e Alberto (1945)


Silvio foi casado com Cidinha, que morreu de câncer na década de 1970, com quem teve duas filhas: Cíntia e Silvia. Desde então, Silvio vive com Íris, esposa de seu segundo casamento, realizado no final da década de 1970 e suas filhas deste casamento: Daniela, Patrícia, Rebeca, Renata Abravanel. Silvio é descendente de Isaac Abravanel, um estadista judeu português, filósofo, comentador da Bíblia e financista.
Íris Abravanel (nascida em 1949) é uma empresária brasileira, dona da empresa Sister's in Law. Silvio tem tido uma relação tumultuada nos últimos anos com a esposa e as filhas, que se tornaram protestantes. Silvio, de origem judaica, chegou a se separar por breves períodos, quando morou em uma casa que tem nas proximidades do Ibirapuera.
Em 2006, durante as comemorações dos 25 anos do SBT, Silvio afirmou oficialmente estar preparando sua filha Patrícia Abravanel para sucedê-lo nos negócios da família.
Desde 2008, sua filha Daniela Beyruti está no comando da emissora.

Crise no Grupo Silvio Santos

















Em 8 de novembro de 2010, o Grupo Silvio Santos entra em crise financeira por conta de um rombo ocorrido no Banco PanAmericano, também pertencente ao grupo. O prejuízo dado pelo banco soma uma quantia próxima a R$ 2,5 bilhões, o que provocou a necessidade de empréstimo junto ao Fundo Garantidor de Crédito para recuperar o banco.
Em razão desse empréstimo, o Grupo Silvio Santos colocou como garantia para pagamento do empréstimo as empresas do grupo, incluindo o SBT,a Jequiti Cosméticos e o Baú da Felicidade, agravando a crise em que a emissora entrou a partir de 2007, quando perdeu a vice-liderança para a Rede Record. O prazo para pagamento desse empréstimo é de 10 anos.
O empresário e apresentador Silvio Santos, controlador do PanAmericano, estaria disposto a vender o controle do banco como forma de honrar o empréstimo de 2,5 bilhões de reais recebido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Créditos:
Produção e pesquisa: Natan Fellipe
Produção, pesquisa

Fontes de pesquisa e fotos:
Wikipédia, a enciclopédia livre.

http://audienciaeconteudo.wordpress.com/ac-channel/
http://contigo.abril.com.br
http://blogmultigolb.wordpress.com
http://www.rollingstone.com.br
http://luispeaze.com
http://www.oarquivo.com.br
http://loucuraportever.blogspot.com
http://simulacoes.com
http://www.tvaudiencia.net
http://www.pelourinho.com
http://www.geocities.ws
http://geraldofreire.uol.com.br
http://www.imagick.org.br
http://www1.folha.uol.com.br
http://www.emule.com.br
http://midiaclipping.blogspot.com
http://exclusivo.terra.com.br
http://www.paginadosilviosantos.com
http://bandeirada-bandeirada.blogspot.com

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